6. Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça.
7. Disse-lhe ainda: “Eu sou o Senhor, que o tirei de Ur dos caldeus para dar a você esta terra como herança”.
8. Perguntou-lhe Abrão: “Ó Soberano Senhor, como posso saber que tomarei posse dela?”
9. Respondeu-lhe o Senhor: “Traga-me uma novilha, uma cabra e um carneiro, todos com três anos de vida, e também uma rolinha e um pombinho”.
10. Abrão trouxe todos esses animais, cortou-os ao meio e colocou cada metade em frente à outra; as aves, porém, ele não cortou.
11. Nisso, aves de rapina começaram a descer sobre os cadáveres, mas Abrão as enxotava.
12. Ao pôr do sol, Abrão foi tomado de sono profundo, e eis que vieram sobre ele trevas densas e apavorantes.
13. Então o Senhor lhe disse: “Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatrocentos anos.
14. Mas eu castigarei a nação a quem servirão como escravos e, depois de tudo, sairão com muitos bens.
15. Você, porém, irá em paz a seus antepassados e será sepultado em boa velhice.
16. Na quarta geração, os seus descendentes voltarão para cá, porque a maldade dos amorreus ainda não atingiu a medida completa”.
17. Depois que o sol se pôs e veio a escuridão, eis que um fogareiro esfumaçante, com uma tocha acesa, passou por entre os pedaços dos animais.
18. Naquele dia, o Senhor fez a seguinte aliança com Abrão: “Aos seus descendentes dei esta terra, desde o ribeiro do Egito até o grande rio, o Eufrates:
19. a terra dos queneus, dos quenezeus, dos cadmoneus,
20. dos hititas, dos ferezeus, dos refains,
21. dos amorreus, dos cananeus, dos girgaseus e dos jebuseus”.