7. Do seu íntimo brota a maldade, assim como da sua mente transbordam todos os ardis.
8. Eles zombam, e suas palavras são repletas de malícia; em sua arrogância exaltam a própria corrupção.
9. Contra os céus dirigem as palavras de suas bocas, e pela terra fazem espalhar a maldade de suas línguas.
10. Por isso, seu povo se volta para eles e se delicia sorvendo suas palavras até saciar-se.
11. Eles questionam: “Acaso poderá Deus saber disso? O Altíssimo se ocupará desses assuntos?”
12. Assim são os ímpios: sempre seguros, acumulando riquezas.
13. Pensando dessa forma, em vão conservei puro o coração e lavei as mãos em sinal de inocência?
14. Para que me atormento o dia todo, e sou repreendido, toda manhã?
15. Caso levasse a efeito me expressar assim, eu teria renegado a linhagem de teus filhos.
16. Todavia, quando busquei compreender tudo isso, reconheci que estava diante de uma tarefa muito acima das minhas forças;
17. até que entrei na Casa de Deus, e então compreendi o destino dos ímpios.
18. Na verdade, tu os colocas em terreno escorregadio e os fazes cair na destruição.
19. Como são destruídos de repente, absolutamente tomados de terror!
20. São como um breve sonho que se vai assim que acordamos; quando te levantares, ó Senhor, tu os farás desaparecer.
21. Quando meu coração estava amargurado e no meu íntimo curtia a inveja,
22. era eu um insensato e ignorante; minha atitude para contigo era semelhante a de um animal irracional.
23. Contudo, sempre estou diante de Ti; portanto, tomas a minha mão direita e me susténs.
24. Tu me diriges de acordo com os teus desígnios, e no fim me acolherás em glória.