7. Lembra-te, ó Deus, de que a minha vida não representa mais que um sopro; meus olhos jamais tornarão a contemplar a felicidade.
8. Os que agora me observam, nunca mais me verão; depositaste teu olhar sobre a minha pessoa, e já deixei de existir.
9. Da mesma maneira que a nuvem se esvai e desaparece, aquele que desce ao Sheol, à sepultura, jamais voltará a subir.
10. Nunca mais retornará à sua casa; a sua antiga habitação não mais tornará a vê-lo.
11. Por este motivo não calarei a boca e falarei da angústia do meu espírito; eu me queixarei da amargura da minha alma.
12. Acaso sou eu o mar, ou o monstro das profundezas para que cerques com guardas?
13. Quando penso: ‘meu leito haverá de consolar-me e minha cama aliviará meu sofrimento!’
14. Eis que me assustas com sonhos, e me atemorizas com visões.
15. Prefiro ser estrangulado e sofrer a morte em lugar de ver meus ossos sendo fustigados dia após dia;
16. sinto desprezo pela minha vida! Sei que não viverei nesta terra para sempre; portanto, deixa-me, porquanto os meus dias não têm o menor sentido.
17. Afinal, quem é o ser humano para que lhe dês grande importância e coloque sobre ele os teus olhos,
18. para que o examines a cada nova aurora e o proves a cada momento?
19. Nunca desviarás de mim o teu olhar misericordioso? Jamais me abandonarás, nem por um instante?