19. Porque do coração é que procedem os maus intentos, homicídios, adultérios, imoralidades, roubos, falsos testemunhos, calúnias, blasfêmias.
20. Essas coisas corrompem o indivíduo, mas o comer sem lavar as mãos não o torna impuro”. Jesus atende ao clamor dos gentios
21. Deixando aquele lugar, Jesus retirou-se para a região de Tiro e de Sidom.
22. E eis que uma mulher cananéia, natural daquelas regiões, veio a Ele, clamando: “Senhor! Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente tomada pelo demônio”.
23. Ele, porém, não lhe respondeu qualquer palavra. Então, os seus discípulos, aproximando-se, pediram-lhe: “Manda essa mulher embora, pois vem gritando atrás de nós”.
24. Ao que Jesus replicou: “Eu não fui enviado, senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”.
25. Chegou então a mulher e o adorou de joelhos, suplicando: “Senhor, ajuda-me!”
26. Ao que Jesus lhe respondeu: “Não é justo tirar o pão dos próprios filhos para alimentar os cães de estimação”.
27. Ela, porém, replicou: “Sim, Senhor, mas até os cães de estimação, comem das migalhas que caem das mesas de seus donos”.
28. Então Jesus exclamou: “Ó mulher, grande é a tua fé! Seja feito a ti conforme queres”. E naquele exato momento sua filha ficou sã. Outra multiplicação de pães
29. Partiu Jesus dali e foi para a orla do mar da Galiléia; e, subindo a um monte, assentou-se ali.
30. Então, multidões dirigiram-se a Ele, levando consigo mancos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros doentes, e os colocaram aos pés de Jesus; e Ele os curou.
31. O povo ficou atônito quando viu os mudos falando, os aleijados curados, os mancos andando e os cegos enxergando. E louvaram o Deus de Israel.
32. Chamou Jesus os seus discípulos para dizer-lhes: “Tenho compaixão destas muitas pessoas, pois há três dias permanecem comigo e não têm o que comer. Não quero mandá-las embora em jejum, porque podem desfalecer no caminho”.
33. Mas os discípulos lhe disseram: “Onde poderíamos, encontrar, neste lugar deserto, pães suficientes para alimentar tantas pessoas?”
34. Perguntou-lhes Jesus: “Quantos pães tendes?” Ao que eles responderam: “Sete, e mais uns pequenos peixes”.
35. Ele mandou, então, que o povo se assentasse no chão.
36. Tomou os sete pães e os pequenos peixes e deu graças. Em seguida os partiu e os entregou aos discípulos, e estes distribuíram à multidão.
37. Todas as pessoas comeram até se fartarem. E foram recolhidos sete grandes cestos, cheios de pedaços que haviam sobrado.