9. Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo e não descubras o segredo de outro;
10. para que não te desonre o que o ouvir, não se apartando de ti a infâmia.
11. Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.
12. Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido ouvinte.
13. Como frieza de neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam; porque alegra a alma dos seus senhores.
14. Como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que se gaba falsamente de dádivas.
15. Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda quebranta os ossos.
16. Achaste mel? Come o que te basta; para que, porventura, não te fartes dele e o venhas a vomitar.
17. Retira o pé da casa do teu próximo, para que se não enfade de ti e te aborreça.
18. Martelo, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo.
19. Como dente quebrado e pé deslocado, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia.
20. O que entoa canções junto ao coração aflito é como aquele que se despe num dia de frio e como vinagre sobre salitre.
21. Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; e, se tiver sede, dá-lhe água para beber,
22. porque, assim, brasas lhe amontoarás sobre a cabeça; e o Senhor to pagará.
23. O vento norte afugenta a chuva, e a língua fingida, a face irada.
24. Melhor é morar num canto de umas águas-furtadas do que com a mulher rixosa numa casa ampla.