6. A tua habitação está no meio do engano; pelo engano recusam conhecer-me, diz o Senhor.
7. Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que eu os fundirei e os provarei; por que, de que outra maneira procederia com a filha do meu povo?
8. Uma flecha mortífera é a língua deles; fala engano; com a sua boca fala cada um de paz com o seu companheiro, mas no seu interior arma-lhe ciladas.
9. Porventura, por estas coisas não os visitaria? — diz o Senhor; ou não se vingaria a minha alma de gente tal como esta?
10. Pelos montes levantarei choro e pranto e pelas pastagens do deserto, lamentação; porque já estão queimadas, e ninguém passa por elas; nem já se ouve mugido de gado; desde as aves dos céus até aos animais, andaram vagueando e fugiram.
11. E farei de Jerusalém montões de pedras, morada de dragões, e das cidades de Judá farei uma assolação, de sorte que fiquem desabitadas.
12. Quem é o homem sábio, que entenda isso? E a quem falou a boca do Senhor, para que o possa anunciar? Por que razão pereceu a terra e se queimou como deserto, de sorte que ninguém passa por ela?
13. E disse o Senhor: Porque deixaram a minha lei, que publiquei perante a sua face, e não deram ouvidos à minha voz, nem andaram nela.
14. Antes, andaram após o propósito do seu coração e após os baalins, como lhes ensinaram os seus pais.
15. Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que darei de comer alosna a este povo e lhe darei a beber água de fel.
16. E os espalharei entre nações que não conheceram, nem eles nem seus pais, e mandarei a espada após eles, até que venha a consumi-los.
17. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai e chamai carpideiras, para que venham; e mandai procurar mulheres sábias, para que venham também.