16. dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar;
17. mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los para que não falem mais nesse nome a homem algum.
18. E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus.
19. Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;
20. porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.
21. Mas eles ainda os ameaçaram mais e, não achando motivo para os castigar, deixaram-nos ir por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera,
22. pois tinha mais de quarenta anos o homem em quem se operara aquele milagre de saúde.
23. E, soltos eles, foram para os seus e contaram tudo o que lhes disseram os principais dos sacerdotes e os anciãos.
24. E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram: Senhor, tu és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há;
25. que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram coisas vãs?
26. Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido.
27. Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel,
28. para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer.
29. Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra,
30. enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus.
31. E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.
32. E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.