4. De quem fazeis o vosso passatempo? contra quem escancarais a boca, e deitais para fora a língua? porventura não sois filhos da transgressão, semente da falsidade,
5. Que vos esquentais com os ídolos, debaixo de toda a árvore verde, e sacrificais os filhos nos ribeiros, nas aberturas dos penhascos?
6. Nas pedras lisas dos ribeiros está a tua parte; estas, estas são a tua sorte; sobre elas, também, derramas a tua libação, e lhes ofereces ofertas: contentar-me-ia eu destas coisas?
7. Sobre os montes altos e levantados pões a tua cama; e a eles sobes para oferecer sacrifícios.
8. E detrás das portas e das ombreiras, pões os teus memoriais; porque a outros, mais do que a mim, te descobres, e sobes, alargas a tua cama, e fazes concerto com eles: amas a sua cama, onde quer que a vês.
9. E vais ao rei com óleo, e multiplicas os teus perfumes; e envias os teus embaixadores para longe, e te abates até aos infernos.
10. Na tua comprida viagem, te cansaste; mas não dizes: Não há esperança; o que buscavas achaste, por isso, não adoeces.
11. Mas de quem tiveste receio ou temor, para que mentisses, e não te lembrasses de mim, nem no teu coração me pusesses? não é, porventura, porque eu me calo, e isso já desde muito tempo, e me não temes?
12. Eu publicarei a tua justiça, e as tuas obras que não te aproveitarão.
13. Quando clamares, livrem-te os teus congregados; mas o vento a todos levará, e a vaidade os arrebatará: mas o que confia em mim possuirá a terra, e herdará o meu santo monte.
14. E dir-se-á: Aplainai, aplainai, preparai o caminho: tirai os tropeços do caminho do meu povo.
15. Porque, assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.
16. Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito, perante a minha face, se enfraqueceria, e as almas que eu fiz.
17. Pela iniquidade da sua avareza, me indignei, e os feri: escondi-me, e indignei-me; mas, rebeldes, seguiram o caminho do seu coração.
18. Eu vejo os seus caminhos, e os sararei; também os guiarei, e lhes tornarei a dar consolações e aos seus pranteadores.