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Cantares 5:1-10 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARCPT)

1. JÁ vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa: colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite: comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.

2. Eu dormia mas o meu coração velava: eis a voz do meu amado, que estava batendo: abre-me, irmã minha, amiga minha, pomba minha, minha imaculada, porque a minha cabeça está cheia de orvalho; os meus cabelos, das gotas da noite;

3. Já despi os meus vestidos; como os tornarei a vestir? já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar?

4. O meu amado meteu a sua mão pela fresta da porta, e as minhas entranhas estremeceram por amor dele.

5. Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos distilavam mirra, e os meus dedos gotejavam mirra sobre as aldrabas da fechadura.

6. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado se tinha retirado, e se tinha ido: a minha alma tinha-se derretido quando ele falara; busquei-o e não o achei; chamei-o e não me respondeu.

7. Acharam-me os guardas que rondavam pela cidade: espancaram-me, feriram-me; tiraram-me o meu manto os guardas dos muros.

8. Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que, se achardes o meu amado, lhe digais que estou enferma de amor.

9. Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjures?

10. O meu amado é cândido e rubicundo; ele traz a bandeira entre dez mil.

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