3. Mormente sabendo eu que tens conhecimento de todos os costumes e questões que há entre os judeus; pelo que te rogo que me ouças com paciência.
4. A minha vida, pois, desde a mocidade, qual haja sido, desde o princípio, em Jerusalém, entre os da minha nação, todos os judeus a sabem.
5. Sabendo de mim, desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
6. E agora, pela esperança da promessa, que por Deus foi feita aos nossos pais, estou aqui e sou julgado,
7. À qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus.
8. Pois quê? julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?
9. Bem tinha eu imaginado que, contra o nome de Jesus, o nazareno, devia eu praticar muitos atos;
10. O que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.
11. E, castigando-os muitas vezes, por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.
12. Sobre o que, indo então a Damasco, com poder e comissão dos principais dos sacerdotes,
13. Ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim e aos que iam comigo.
14. E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.
15. E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;
16. Mas levanta-te, e põe-te sobre os teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha, tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda;