9. Pois o zelo da tua casa me consumiu, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim.
10. Quando chorei, e castiguei com jejum a minha alma, isso se me tornou em afrontas.
11. Pus por veste um pano de saco, e me fiz um provérbio para eles.
12. Aqueles que se assentam à porta falam contra mim, e fui o cântico dos bebedores de bebida forte.
13. Eu, porém, faço a minha oração a ti, Senhor, num tempo aceitável; ó Deus, ouve-me segundo a grandeza da tua misericórdia, segundo a verdade da tua salvação.
14. Tira-me do lamaçal, e não me deixes atolar; seja eu livre dos que me odeiam, e das profundezas das águas.
15. Não me leve a corrente das águas, e não me trague o abismo, nem o poço feche a sua boca sobre mim.
16. Ouve-me, Senhor, pois boa é a tua benignidade; olha para mim segundo a tua grande misericórdia.
17. E não escondas o teu rosto do teu servo, porque estou angustiado; ouve-me depressa.
18. Aproxima-te da minha alma, e resgata-a; livra-me por causa dos meus inimigos.
19. Bem tens conhecido a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha desonra; diante de ti estão todos os meus adversários.
20. Afrontas me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo; esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei.
21. Deram-me fel por alimento, e na minha sede me deram a beber vinagre.
22. Torne-se-lhes a sua mesa diante deles em laço, e o que seria para sua recompensa, em armadilha.
23. Escureçam-se-lhes os seus olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente.
24. Derrama sobre eles a tua indignação, e prenda-os o ardor da tua ira.
25. Fique desolado o seu palácio, e não haja quem habite nas suas tendas.
26. Pois perseguem aquele a quem feriste, e conversam sobre a dor daqueles a quem chagaste.