11. E respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste teu pai e tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que dantes não conheceste.
12. O Senhor galardoe o teu feito, e seja concedido o teu pleno galardão por parte do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.
13. E disse ela: Ache eu graça aos teus olhos, senhor meu, pois me consolaste, e falaste ao coração da tua serva, ainda que eu não seja como uma das tuas criadas.
14. E sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos ceifadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e ela comeu, e se fartou, e ainda lhe sobejou.
15. E levantando-se ela para colher, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo: Até entre os feixes deixai-a colher, e não a censureis.
16. E deixai cair alguns punhados, e deixai-os ficar, para que ela os colha, e não a repreendais.
17. E esteve ela apanhando naquele campo até a tarde; e debulhou o que apanhou, e foi quase um efa de cevada.
18. E tomou-o, e foi à cidade; e viu sua sogra o que ela tinha apanhado; também tirou, e deu-lhe o que lhe sobejara depois de fartar-se.
19. Então disse-lhe sua sogra: Onde colheste hoje, e onde trabalhaste? Bendito seja aquele que te reconheceu. E ela relatou à sua sogra com quem tinha trabalhado, e disse: O nome do homem com quem hoje trabalhei é Boaz.
20. Então Noemi disse à sua nora: Bendito seja do Senhor, que não deixou de mostrar a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe mais Noemi: Este homem é nosso parente chegado, e um dentre os nossos remidores.
21. E disse Rute, a moabita: Também ainda me disse: Com os moços que tenho te ajuntarás, até que acabem toda a ceifa que tenho.
22. E disse Noemi à sua nora, Rute: Melhor é, filha minha, que saias com as suas moças, para que noutro campo não te encontrem.