32. E disse-lhe seu pai Isaque: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito, Esaú.
33. Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o; sim, ele será bendito.
34. Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e muito amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai.
35. E ele disse: Veio o teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção.
36. Então disse ele: Não foi com razão o seu nome chamado Jacó, tanto que já duas vezes me suplantou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E disse ele: Não reservaste, pois, para mim bênção alguma?
37. Então respondeu Isaque, e disse a Esaú: Eis que o pus por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; e de trigo e de mosto o fortaleci; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?
38. E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou.
39. Então respondeu seu pai Isaque, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra, e no orvalho do alto dos céus;
40. E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que, quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço.
41. E Esaú odiou Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei meu irmão Jacó.