32. Porque a sua vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas de fel, cachos amargosos têm.
33. O seu vinho é ardente veneno de dragões, e peçonha cruel de víboras.
34. Não está isto guardado comigo? Selado nos meus tesouros?
35. Minha é a vingança e a recompensa, no devido tempo o seu pé resvalará; porque o dia da sua ruína está próximo, e as coisas que lhes hão de suceder se apressam a chegar.
36. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo, e se arrependerá pelos seus servos; porquanto o poder deles se foi, e não há escravo nem livre.
37. Então dirá: Onde estão os seus deuses? A rocha em quem confiavam,
38. De cujos sacrifícios comiam a gordura, e de cujas libações bebiam o vinho? Levantem-se eles, e vos ajudem, para que haja para vós refúgio.
39. Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Deus comigo; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão.
40. Porque levantarei a minha mão aos céus, e direi: Eu vivo para sempre.
41. Se eu afiar a minha espada reluzente, e se a minha mão agarrar o juízo, farei tornar a vingança sobre os meus adversários, e recompensarei os que me odeiam.
42. Embriagarei as minhas setas de sangue, e a minha espada comerá carne; do sangue dos mortos e dos prisioneiros, das cabeças dos líderes do inimigo.
43. Jubilai, ó nações, com o seu povo, porque vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários fará tornar a vingança, e fará expiação por sua terra e por seu povo.
44. E foi Moisés, e falou todas as palavras deste cântico aos ouvidos do povo, ele e Oseias, filho de Num.
45. E acabando Moisés de falar todas estas palavras a todo o Israel,
46. Disse-lhes: Aplicai o vosso coração a todas as palavras que hoje testifico entre vós, para que as ordeneis a vossos filhos, para que tenham cuidado de cumprir todas as palavras desta lei.
47. Porque esta palavra não vos é vã, antes é a vossa vida; e por esta mesma palavra prolongareis os dias na terra à qual passais o Jordão para a possuir.
48. Depois falou o Senhor a Moisés, naquele mesmo dia, dizendo:
49. Sobe ao monte Abarim, ao monte Nebo, que está na terra de Moabe, defronte de Jericó, e vê a terra de Canaã, que darei aos filhos de Israel por possessão.
50. E morre no monte, ao qual subirás; e recolhe-te aos teus povos, como Aarão teu irmão morreu no monte Hor, e se recolheu aos seus povos,
51. Porquanto transgredistes contra mim no meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim; pois não me santificastes no meio dos filhos de Israel.
52. Pelo que verás a terra diante de ti, porém não entrarás nela, na terra que darei aos filhos de Israel.