7. E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis
8. (Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo suas obras iníquas);
9. Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;
10. E principalmente aos que segundo a carne andam em concupiscências de imundície, e desprezam a autoridade; atrevidos, agradando-se a si mesmos, não receando blasfemar das glórias celestes;
11. Ao passo que os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.
12. Mas esses, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,
13. Recebendo o galardão da injustiça, tendo por prazer os deleites quotidianos, sendo nódoas e máculas, deleitando-se em seus engodos, quando se banqueteiam convosco;
14. Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição,
15. Os quais, deixando o caminho reto, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o galardão da injustiça;
16. Porém teve a repreensão da sua transgressão; o mudo animal do jugo, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.
17. Esses são fontes sem água, nuvens levadas pelo redemoinho do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.
18. Porque, falando coisas muito arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, os que se estavam afastando daqueles que andam no erro,
19. Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque aquele que é vencido por alguém, do tal faz-se também servo.