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Lamentações 2 a BÍBLIA para todos (BPT09)

O Senhor fez-se inimigo de Jerusalém

(Álefe)

1. Eis como o Senhor, na sua ira,continua a cobrir Jerusalém de escuridão!Deitou por terra o esplendor de Israel,que se erguia para o céu;no dia da sua ira, esqueceu-seque Sião era o estrado para os seus pés.(Bete)

2. O Senhor destruiu sem misericórdiaas habitações do seu povo;no auge da sua ira,derribou as fortalezas de Judá;deitou-as completamente por terra;e destruiu o reino e os seus príncipes.(Guimel)

3. Na sua cólera intensa,abateu o poderio de Israel.E recusou-se a intervir,quando apareceu o inimigo.Consumiu o seu povocomo o fogo que tudo devora.(Dálete)

4. Qual inimigo, esticou bem o arco,com a mão direita pronta a disparar;comportou-se como nosso adversário,destruindo o que mais estimávamos.Qual fogo avassaladorpôs em escombros o templo de Jerusalém.(Hê)

5. Sim, o Senhor parecia nosso inimigoquando aniquilou a Israel,derribou os seus paláciose deitou por terra as suas fortalezas;e obrigou o povo de Judáa gemer e a lamentar-se sem cessar.(Vau)

6. O seu templo ficou como um pomar devastado,a sua sala de culto foi deitada por terra.O Senhor fez com que se esquecessemdos sábados e das festas de Sião.No auge da sua ira,repudiou o rei e os sacerdotes.(Zaiin)

7. O Senhor não quer mais o seu altare abandonou o seu santuário,ao entregar nas mãos dos inimigosas paredes dos palácios de Sião.A algazarra que eles faziam no templo do Senhor era tantaque até parecia um dia de festa.(Hete)

8. O Senhor decidiu destruiros muros de Jerusalém.Ele estendeu a linha de nivelare não parou de demolir.Cobriu de luto as ameias e os murose ficou tudo destruído.(Tete)

9. Os portões caíram por terra;os seus fechos foram despedaçados.O rei e a corte foram presos pelos pagãos.Reina a anarquia,pois até os seus profetasjá não recebem mensagens do Senhor.(Jode)

10. Em silêncio sentam-se no chão,os chefes de Jerusalém.Deitam terra sobre as suas cabeçase vestem-se de luto.As jovens de Jerusalém andam pela ruade cabeça baixa, envergonhadas!(Cafe)

11. Os meus olhos estão cansados de chorar,e as minhas entranhas revoltam-se.O meu desespero é imensopor causa da ruína do meu povo.Crianças e bebés morrem de sedenas praças da cidade.(Lâmede)

12. As crianças pedem às mães:«Não tens nada para eu matar a fome e a sede?»Como feridas mortalmente, desfalecempelas praças da cidade,soltando o último suspiroao colo das suas mães.(Mem)

13. Que mais te posso dizer, ó Jerusalém?Não há desgraça igual à tua!Que casos semelhantes te posso recordar,para te poder confortar, ó jovem cidade de Sião.A tua calamidade é tão grande como o mar.Quem te poderá trazer a cura?(Num)

14. Os teus profetas dirigiram-temensagens enganosas e falsas.Não desmascararam a tua maldade,para que a tua sorte fosse diferente.Pelo contrário, as mensagens que te dirigiamsó te atiravam terra aos olhos.(Sâmeque)

15. Aqueles que passam perto de tiaplaudem a tua ruína.Assobiam e abanam a cabeçafazendo troça de ti, Jerusalém:«Será esta, aquela cidade tão bela,que era o orgulho de toda a terra?»(Pê)

16. Os que querem o teu malabrem a boca para te provocar.Assobiam-te e mostram-te os dentes.Dizem: «Dêmos cabo dela!O dia que esperávamos há tanto tempo,ele aí está finalmente!»(Aiin)

17. O Senhor fez o que tinha decididoe cumpriu a ameaça,que há muito tinha anunciado.Demolindo assim sem piedade,encheu o inimigo de alegria com a tua ruínae fortaleceu o seu orgulho.(Tsadê)

18. Que os teus lamentos e gemidos, ó Jerusalém,subam até ao Senhor!Não cesses de chorar, dia e noite;deixa correr as lágrimas como um rio.Não procures reconfortar-te,antes, dá largas ao teu pranto!(Cofe)

19. Levanta-te e enche a noite,hora a hora, com os teus lamentos.Abre inteiramente o teu coraçãona presença do Senhor.Estende para ele as mãos em súplica,para que os teus filhos vivam,eles que morrem de fomeàs esquinas de todas as ruas.(Reche)

20. Olha, Senhor! Repara bema quem estás a tratar assim.As mulheres chegaram ao ponto de comeros filhos que elas geraram e criaram!E os sacerdotes e profetasforam mortos no teu santuário!(Chim)

21. Os jovens e os velhosjazem lado a lado nas ruas.Os meus filhos e filhascaíram mortos à espada.Mataste-os, dando largas à tua indignação,dizimaste-os sem piedade.(Tau)

22. Convidaste aqueles que me eram hostiscomo se se tratasse de um dia de festa.Nesse dia, o teu furor fez-se sentire não houve sobreviventes, ninguém escapou.Os filhos que eu eduquei e vi crescer,foram exterminados pelo inimigo.