7. Veem-se escravos a cavalo e príncipes a andar a pé, como escravos.
8. Quem abre um buraco cai nele, e o que arromba um muro é mordido por uma serpente.
9. O que anda a retirar pedras magoa-se com elas e o que racha lenha corre o risco de se ferir.
10. Se o machado está mal afiado e ninguém o afia, é preciso fazer muito mais esforço. Consegue-se melhor resultado quando se age com sabedoria.
11. Se a serpente morde, antes de se deixar encantar, de que serve o trabalho do encantador?
12. As palavras do sábio granjeiam-lhe estima, mas o palavreado do insensato só o arruína.
13. Começa por dizer coisas insensatas e acaba por afirmar as maiores tolices.
14. O insensato tem sempre muitas coisas para dizer. Mas a verdade é que do futuro ninguém sabe nada. Quem é que sabe informá-lo do que vai acontecer?
15. O esforço dos insensatos esgota-os de tal maneira que nem sabem como se vai para a cidade.
16. Ai do país em que o rei é uma criança e os ministros se banqueteiam desde manhã cedo.
17. Feliz o país em que o rei é nobre de nascimento e em que os ministros comem quando devem, para recompor as suas forças e não para se embriagarem.
18. O preguiçoso deixa cair a trave da casa e aquele que cruza os braços deixa-a inundar.
19. Para festejar, faz-se um banquete e bebe-se vinho para dar alegria à vida. Mas para tudo isso é necessário dinheiro.
20. Não critiques o rei, nem sequer em pensamento; não digas mal do rico, nem que seja no teu quarto, porque as aves podem levar a tua voz e transmitir a tua informação.