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2 Crónicas 20 a BÍBLIA para todos (BPT09)

Oração contra os invasores

1. Algum tempo depois, os moabitas e os amonitas, com os seus aliados meunitas entraram em guerra com Josafat.

2. Houve então quem fosse levar ao rei, a seguinte informação: «Está a avançar contra ti um grande exército da Síria, do outro lado do mar. Já chegaram a Haçon-Tamar, ou seja En-Guédi!»

3. Josafat, cheio de medo, resolveu consultar o Senhor e promulgar um jejum em todo o país.

4. Acorreram a Jerusalém pessoas de todas as cidades do país a pedir a ajuda do Senhor.

5. Então Josafat pôs-se de pé no meio do povo, que pedia a ajuda do Senhor, no átrio novo do templo,

6. e fez esta oração: «Senhor, Deus dos nossos antepassados, tu és o Deus do céu, tu governas todos os povos. Tu tens a força e o poder e ninguém te pode resistir!

7. Ó nosso Deus, tu expulsaste os habitantes desta terra, quando aqui chegou o teu povo, Israel, e deste-a para sempre aos descendentes do teu amigo Abraão.

8. Estabeleceram-se aqui, construíram um templo para ti e disseram:

9. “Se nos vem alguma desgraça como castigo: guerra, peste ou fome, nós viremos apresentar-nos diante de ti neste templo, pois é aqui que tu habitas. Viremos pedir-te ajuda, na nossa aflição, e tu nos escutarás e salvarás.”

10. Pois bem, agora são os amonitas e os moabitas e outros povos da montanha que nos vêm atacar. Quando os nossos antepassados saíram do Egito, não permitiste que atravessassem os territórios destes povos. Desviaram-se de lá e não os destruíram.

11. Agora, em contrapartida, vêm eles expulsar-nos da terra que tu nos deste.

12. Ó nosso Deus, irás deixá-los agora sem castigo? Nós não temos força contra esta multidão que avança contra nós. Não sabemos o que havemos de fazer. Por isso, temos os olhos postos em ti!»

13. Toda a população de Judá estava de pé, diante do Senhor, incluindo mulheres e filhos, mesmo os mais pequeninos.

O Senhor dá a vitória

14. O Espírito do Senhor apoderou-se, então, dum levita, que estava no meio da multidão. Chamava-se Jaziel e era filho de Zacarias, neto de Benaías e descendente de Jeiel, do levita Matanias e de Assaf.

15. Exclamou Jaziel: «Ouçam com atenção, habitantes de Judá e de Jerusalém e também tu, ó rei Josafat! O Senhor manda-vos dizer que não devem ter medo nem se devem assustar diante desse enorme exército, porque esta guerra não é vossa mas de Deus.

16. Amanhã descerão contra eles. Eles estão a subir pela encosta de Sis e irão encontrá-los no cimo do ribeiro que está em frente do deserto de Jeruel.

17. Não terão necessidade de combater contra eles. Fiquem quietos, sem arredar pé e verão como o Senhor vos alcançará a vitória. Habitantes de Jerusalém e de Judá, não tenham medo nem se assustem! Amanhã avancem contra eles, que o Senhor estará convosco!»

18. Então Josafat inclinou-se até à terra e todos os habitantes de Jerusalém e de Judá se inclinaram também, diante do Senhor, para o adorarem.

19. Em seguida, os levitas descendentes de Queat e de Corá começaram a louvar o Senhor, Deus de Israel, em voz alta.

20. No dia seguinte, levantaram-se cedo para se porem a caminho em direção ao deserto de Técoa. No momento da partida, Josafat falou-lhes desta maneira: «Escutem-me, habitantes de Jerusalém e de Judá! Tenham confiança no Senhor, vosso Deus, e sentirão confiança. Tenham confiança nos seus profetas e tudo correrá bem!»

21. Depois de ter consultado o povo, Josafat escolheu alguns cantores para irem à frente do exército, vestidos com trajes sagrados, cantando ao Senhor este hino de louvor: «Deem graças ao Senhor, porque é eterno o seu amor.»

22. No momento em que principiaram o cântico de louvor, o Senhor fez com que os amonitas, os moabitas e os outros povos da montanha de Seir, que vinham atacar Judá, armassem ciladas entre si e combatessem uns contra os outros.

23. Os amonitas, os moabitas atacaram os da montanha de Seir e destruíram-nos completamente. Os que ficaram mataram-se uns aos outros.

24. Quando os homens de Judá chegaram ao sítio donde se pode ver o deserto e olharam para o exército inimigo, apenas viram cadáveres estendidos no solo. Não tinha escapado ninguém.

25. Josafat e o seu exército foram então recolher os despojos que tinham ficado da batalha e encontraram entre os cadáveres grandes quantidades de animais, armas, roupas e outros objetos de valor. Havia tanta coisa que levaram três dias a recolher o que havia, sem conseguirem apanhar tudo.

26. No quarto dia, reuniram-se no vale de Beracá e ali deram graças ao Senhor. Por isso, deram àquele lugar o nome de Beracá, nome que ainda hoje se conserva.

27. Depois disso, todos os homens de Jerusalém e de Judá, com Josafat à frente, puseram-se a caminho para Jerusalém, cheios de alegria. De facto o Senhor tinha-lhes dado uma grande alegria ao livrá-los dos seus inimigos.

28. Entraram em Jerusalém, entraram no templo do Senhor ao som de liras, de harpas e de cornetins.

29. Ao saberem que o Senhor combatia contra os inimigos de Israel, as outras nações da terra ficaram cheias de medo diante de Deus.

30. Assim o reino de Josafat continuou a gozar de tranquilidade, porque o seu Deus lhe concedeu a paz com os vizinhos.

Fim do reinado de Josafat

31. Josafat tornou-se rei de Judá, quando tinha trinta e cinco anos, e reinou vinte e cinco anos em Jerusalém. A mãe dele era Azuba, filha de Chili.

32. Seguiu o exemplo de seu pai Asa, sem se desviar, e o seu procedimento agradou ao Senhor.

33. Mas não acabou com os santuários pagãos e o povo não estava firmemente voltado para o Deus de seus antepassados.

34. O resto da história de Josafat, desde o princípio até ao fim, está nas Crónicas de Jeú, filho de Hanani e também no Livro dos reis de Israel.

35. Mais tarde, Josafat fez uma aliança com Acazias, rei de Israel que tinha mau procedimento.

36. Aliou-se com ele para construir navios destinados a fazer viagens para Társis. A construção fazia-se no porto de Ecion-Guéber.

37. Então Eliézer, filho de Dodava, de Maressa, pronunciou contra Josafat estas palavras proféticas: «Uma vez que tu fizeste uma aliança com Acazias, o Senhor vai destruir o que tu fizeste.» De facto os navios partiram-se em pedaços e não puderam ir para Társis.