7. Quem é que vai para a guerra à sua própria custa? Quem é que planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem é que anda a guardar um rebanho e não se alimenta do leite desse rebanho?
8. E isto que eu digo não é apenas uma opinião pessoal. Não é o que diz a Sagrada Escritura?
9. Está escrito na Lei de Moisés: Não tapes a boca ao boi que faz a debulha. Será mesmo com os bois que Deus se está a preocupar aqui?
10. Não é antes a nosso respeito que ele fala? Sim, isto foi escrito para nós. E significa que aquele que faz a sementeira tem o direito de esperar alguma coisa do que semeou e o que faz a debulha espera participar do produto da colheita.
11. Se nós fizemos, para vosso benefício, a sementeira das coisas espirituais, que haveria de extraordinário se recolhêssemos daí alguns bens materiais?
12. Se outros têm o direito de participar dos vossos bens, não temos nós ainda mais direito do que eles?Mas nunca quisemos fazer uso desse direito. Pelo contrário, suportámos tudo para não criar dificuldades à pregação da boa nova de Cristo.
13. Não sabem que os que trabalham para o templo comem à custa do templo e os que vão apresentar as ofertas sobre o altar recebem uma parte dessas ofertas?
14. Do mesmo modo, o Senhor determinou que aqueles que anunciam a boa nova vivam à custa desse trabalho.
15. Mas eu nunca exigi isto a ninguém. Nem vos escrevo estas coisas com esse objetivo. Preferia morrer. Não quero que ninguém me tire este motivo de orgulho.
16. E não é por anunciar o evangelho que eu me sinto orgulhoso. Isso é uma obrigação que eu tenho. Ai de mim se eu não anunciar a boa nova!
17. Se o fizesse por minha iniciativa, podia ter um salário. Mas se não é por minha iniciativa é porque me sujeito a uma missão que me foi confiada,
18. qual será então o meu salário? O meu salário é a satisfação de anunciar o evangelho sem exigir nada em troca, renunciando aos direitos que eu tenho.