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Velho Testamento

Novo Testamento

Ben Sira 38 a BÍBLIA para todos - Edição Interconfessional (BPT09D)

Doenças e medicina

1. Dá ao médico a honra que lhe é devida, por causa do seu trabalho,pois foi o Senhor que o criou.

2. Porque do Altíssimo provém a cura e do rei recebe o pagamento.

3. O conhecimento do médico exaltará a sua honrae será admirado diante dos poderosos.

4. Foi da terra que o Senhor criou os remédiose o homem sensato não os desprezará.

5. Não foi graças a um pedaço de madeira que a água amarga ficou doce,a fim de mostrar o poder do Senhor?

6. O Senhor dá conhecimento aos seres humanospara ser glorificado nas suas maravilhas.

7. Com eles o médico cura e tira a dor;o farmacêutico forma com eles um composto.

8. As obras do Senhor nunca têm fime a sua paz espalha-se sobre a face da terra.

9. Meu filho, quando ficares doente, não te descuides,mas ora ao Senhor e ele curar-te-á.

10. Afasta-te do mal, mantém as tuas mãos purase limpa o teu coração de todo o pecado.

11. De acordo com o que tens,apresenta a Deus uma oferta de cheiro agradávele um memorial da melhor farinha, e sacrifica-lhe vítimas gordas.

12. Depois chama o médico, pois o Senhor também o criou;não deixes que ele se vá embora, pois precisas dele.

13. Por vezes o sucesso estará em suas mãos,

14. pois ele também ora, para que por ele envie o alívio da dore a cura do doente, para que ele viva.

15. Quem peca na presença do seu Criador cairá nas mãos do médico!

O luto

16. Meu filho, derrama lágrimas sobre os mortose, como se estivesses a sentir uma grande dor, canta canções tristes.De acordo com o que é justo, enterra o seu corpoe não lhe negligencies uma bela sepultura.

17. Chora amargamente, irrompe em ferventes lamentações;faz o luto que a sua dignidade merece.Chora um ou dois dias a fim de que ninguém te critiquee depois consola-te da tua tristeza.

18. É que da tristeza procede a morte,e as tristezas do coração abatem as nossas forças.

19. Na aflição persiste a tristeza;uma vida de pobreza traz dor ao coração.

20. Não entregues o teu coração à tristeza,mas afasta-a de ti e lembra-te do fim da vida.

21. Não te esqueças de que da morte não há regresso;a tristeza não ajudará o finado e far-te-á mal.

22. Lembra-te do juízo que pesa sobre mim,pois assim também será o teu;ontem foi a minha vez, hoje será a tua.

23. No descanso do morto, deixa também descansar a sua lembrança;consola-te por ele na hora em que o seu espírito o deixar.

Artes e profissões

24. A sabedoria do homem estudioso depende do tempo que tem para o lazer;quem não estiver ocupado com o trabalho será sábio.

25. Como pode ser sábio aquele que tem de manejar o arado,que se orgulha de usar bem o ferrão de tocar bois,que tange os bois e se ocupa das suas tarefas, sem parar,e só gosta de conversar a respeito das crias de touros?

26. Ele dá-se de coração a abrir os sulcos,e passa as noites sem dormir alimentando os bezerros.

27. O mesmo acontece com um artesãoou um construtor que trabalha dia e noite,e com os que fazem os entalhes dos sinetes,e com paciência vão variando os desenhos,dedicando o seu coração a reproduzir as figuras,trabalhando até tarde para concluir a sua obra.

28. O mesmo acontece com o ferreiro, sentado perto da bigorna,que se dedica completamente a trabalhar o ferro.O fumo das chamas queima-lhe as carnese ele luta com o calor da fornalha.Por causa do barulho do martelo a sua audição vai diminuindo;seus olhos fixam-se no molde do objeto que está a fazer.Ele dedica-se de coração à conclusão dos seus trabalhose ainda fica acordado a aperfeiçoar a sua decoração.

29. A mesma coisa acontece com o oleiro, junto à sua obra,fazendo girar a roda com os pés.Continuamente se esforça no seu trabalho,e toda a sua atividade se centra em produziro maior número possível de potes.

30. Com as mãos dá forma ao pote e com os pés amolece-o.De coração dedica-se a envernizar os potese só vai dormir depois de limpar o forno.

31. Todos esses homens confiam nas suas mãos,e cada um é competente no seu ofício.

32. Sem eles não se construiriam cidades:ninguém poderia morar nelas, nem visitá-las.

33. Mas nenhum deles será procuradopara participar do conselho do povo da cidade,nem se destacará na assembleia.Não se sentam no banco do juiznem entendem o que é decidido no tribunal.

34. Não exibem instrução nem poder de julgar questões,nem serão achados a falar por parábolas.Mas mantêm a produção pelos tempos fora,as suas orações são a favor do trabalho da sua arte.